SAIU NA Folha de S Paulo
São Paulo, terça-feira, 01 de maio de 2012
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Universidade Harvard reclama do preço de
revistas científicas
Assinatura de periódicos está insustentável,
diz comunicado divulgado pela instituição
SABINE RIGHETTIDE SÃO PAULO
Harvard, considerada uma das melhores
universidades do mundo, está incentivando seus
pesquisadores a publicarem artigos em periódicos
de acesso aberto.
A instituição emitiu um comunicado aos seus mais
de 2.000 cientistas pedindo que considerem
publicar seus trabalhos nas revistas acessíveis
de graça na internet.
O comunicado também pede que os pesquisadores,
caso publiquem em revistas de acesso pago,
garantam que os trabalhos fiquem disponíveis na
internet em sites ou blogs -e que incentivem os
colegas a fazerem o mesmo.
De acordo com Harvard, a conta de assinatura dos
periódicos está "insustentável" -mesmo para uma
instituição com orçamento anual de US$ 6
bilhões. A universidade gasta US$ 3,5 milhões
por ano para garantir o acesso aos principais
periódicos científicos do mundo.
As publicações de maior impacto hoje, ou seja,
as que são mais citadas pelos cientistas, cobram
assinaturas anuais que chegam a custar US$ 40
mil. Algumas, no entanto, permitem que os
autores disponibilizem seus trabalhos na
internet.
Já as revistas de acesso aberto cobram para
publicar os trabalhos aprovados (média de US$
1.500 por artigo), mas deixam todo o conteúdo
disponível gratuitamente.
O movimento de Harvard vem na onda de um boicote
internacional de cientistas à editora Elsevier
devido ao valor da assinatura de periódicos como
o "Lancet". Mais de 10 mil cientistas já se
comprometeram a não enviar trabalhos a revistas
da Elsevier.
No Brasil, quem paga a conta do acesso aos
periódicos é a Capes (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Em 2011, a Capes gastou R$ 133 milhões para que
326 instituições do país acessassem mais de 31
mil revistas científicas.
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